“O que os filhos das trevas fazem, a Ibejada desfaz.
O
que a Ibejada faz, no sentido do Bem da Luz, é claro,
ninguém desfaz ou
interfere”.
Olá Irmãos de Fé, os espíritos trabalhadores na Linha
das Crianças apresentam-se em nossas Casas de Umbanda como se fossem crianças
nos irradiando amor e alegria. Trazem para nossas vidas e nossos lares a paz, o
amor e a fraternidade.
Nessa Linha se manifestam espíritos de elevada envergadura
espiritual e outros que ainda mantêm a mentalidade infantil, por terem deixado
a vida em tenra idade, e são levados a participar das giras de corrente de amor
e caridade dos Terreiros para seu preparo em relação à futura reencarnação.
PONTO DE CHAMADA DA LINHA DAS CRIANÇAS
VOA VOA ANDORINHA
VOA VOA BEM LIGEIRO
TRAGA PEDRINHO E MEINHO
PARA BRINCAR NO TERREIRO
PASSANDO NA CACHOEIRA
TRAGA A LINDA ROSINHA
PASSANDO LÁ PELA PRAIA
TRAGA MARIAZINHA
VOA VOA ANDORINHA
VOA VOA E VAI BUSCAR
AS CRIANÇAS PARA A UMBANDA
A FESTA VAI COMEÇAR
VOA VOA ANDORINHA
VOA VOA BEM LIGEIRO
TRAGA LUIZINHO E PEDRINHO
PARA BRINCAR NO TERREIRO
TEM BOLO, BOLA E COCADA
TEM SODINHA E GUARANÁ
HOJE É UM GRANDE DIA
VAMOS TODOS FESTEJAR
VOA VOA ANDORINHA
VOA VOA BEM LIGEIRO
TRAGA JOÃOZINHO E MEINHO
PARA BRINCAR NO TERREIRO
PONTO DE SUBIDA DA LINHA DAS CRIANÇAS
ANDORINHA QUE VOA VOA
ANDORINHA
LEVA AS CRIANÇAS PRO CÉU
ANDORINHA
ANDORINHA QUE VOA VOA
ANDORINHA
LEVA AS CRIANÇAS PRO CÉU
ANDORINHA
A associação das andorinhas com a Linha das Crianças é
bem antiga, e remonta das lendas religiosas portuguesas. Segue abaixo uma das mais linda e significativa delas.
A ORIGEM DAS ANDORINHAS
Há muitos, muitos anos, quando o menino Jesus era
pequenino, andava às vezes pelo campo entretidinho, amassando barro e fazendo
com ele passarinhos de asas abertas que pousava no chão.
Uma vez passou por aquele campo cheio de luz um homem
muito mau. Tentou, com os pés, dar cabo de todas as andorinhas que o menino
tinha feito. O menino Jesus ficou muito aflito e, batendo as suas mãos
pequeninas, fez voar para muito longe as avezinhas. Ali nasceram as andorinhas.
Mas nunca mais se esqueceram de Jesus e, passados
tempos, vieram pousar sobre o beiral da casa onde Jesus vivia e, com o barro de
que tinham sido feitas, fizeram os seus ninhos.
Foram sempre acompanhando Jesus durante a sua vida e,
quando Jesus foi crucificado, as andorinhas foram rodeá-lo e, com os seus
biquinhos, iam tirando da coroa os espinhos que tanto magoavam a sua cabeça.
Ao verem o sofrimento de Jesus, as suas asas
cobriram-se de luto e assim ficaram para sempre como hoje ainda por aí as
vemos.
Fonte FURTADO-BRUM, Ângela Contos Tradicionais
Açorianos Ponta Delgada, João Azevedo Editor, 2003
COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ!
