01 novembro, 2011

Transformação ***** Renovação Omulu e Nanã



O inconsciente, magia, morte, mistérios, infinito, mundo espiritual, pipoca, desobsessões, velhice, a cura das doenças, hospitais, necrotério, cemitério, sabedoria, Pretos Velhos, transformação, mediunidade, regeneração, transcendência.


Olá Irmãos de Fé!

Amanhã, 2 de novembro aqui nossa Homenagem respeitosa a esse Mestre da Transformação, Omulu! 

O Orixá da transformação energética de toda energia produzida de forma natural. Sendo toda aquela emanada da Natureza, do nosso próprio pensamento ou artificialmente fabricada 
através das oferendas. 



A grande usina de reciclagem das energias insalubres. Esta vibração transforma e as descarrega para terra, transmutando a energia negativa em positiva, devolvendo-a para o Astral de forma limpa. 

Omulu também é identificado com a área da saúde pelo fato dele ser o absorvedor e transformador de todas as energias negativas geradas e atraídas de qualquer doença, em energia curadora, a qual é utilizada e manipulada por Oxóssi nas suas irradiações de reequilíbrio da saúde.

É o único Orixá que trabalha em todas as Giras, mesmo que não tenha sido chamado. Isto porque todos os outros Orixás descarregam até um certo nível e, a partir daí, o Senhor da terra, Omulu, é quem entra em ação, mesmo que não tenha sido solicitado.

Orixá da transição para a vida astral; Senhor dos segredos da vida e da morte; Mestre das Almas, sua função como característica básica é a de nos trazer a consciência kármica.


Omulu é o Orixá/Vibração que rege o instante da passagem do plano material para o plano espiritual. Socorre nos casos de doenças, protege os hospitais e intui os médicos, além de auxiliar o desprendimento do espírito na sua libertação da veste carnal, colaborando na dissolução energética do cordão prateado que nos conecta ao corpo físico.


Daí a sua ligação com os cemitérios e cruzeiros, onde se condensam vibrações apropriadas para este fim. É na irradiação de Omulu onde trabalha a Falange dos Caveiras, espíritos especializados nos procedimentos do desligamento e guarda no momento da separação do veículo físico e do duplo etérico. Estes espíritos estão presentes nas grandes catástrofes, auxiliando e encaminhando na hora da passagem. Enfim, são espíritos caridosos habituados ao socorro prestado em ambientes de grande insalubridade. 


Muitos Umbandistas julgam Omulu uma vibração perniciosa por atuar nesses ambientes, não compreendendo sua missão, que é justamente o amparo prestado aos que estão atravessando o limiar de um plano para outro. Esse é um momento de muita perturbação para as pessoas, de uma maior necessidade do auxílio superior.

Omulu monitora também todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada reencarnatória e sucumbiram no intento da transformação pessoal positiva dando vazão novamente aos seus vícios emocionais. 

Omulu não pune ou castiga ninguém, nem a Lei Divina, que também não pune ou castiga, mas sim, conduz cada um ao seu mérito: "Se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal." É o curador da nossa alma ferida, tanto quanto do nosso corpo doente.


O cemitério traz um grande desconforto para as pessoas, de um modo geral. O medo e o mal-estar em ir ao cemitério associa-se ao conjunto de pensamentos e sentimentos negativos que as pessoas vibram ao dirigirem-se a este local. 


Isso acaba gerando uma egrégora, um campo estrutural de tristeza, devido ao parente/amigo que morreu, na visão da maioria, criando uma aura de melancolia pela falta de crença ou esclarecimento, acreditando que houve realmente a morte eterna e que nunca mais se encontrarão. 

Por tal motivo, o cemitério em uma visão desprovida de conhecimento espiritual, é sinônimo de um recinto “pesado” energeticamente, triste e habitado por almas penadas, espíritos sofredores e perdidos. 



Muitos filhos de fé, por falta de conhecimento e alimentando superstições, tem receio em ir a este ponto de força. Quantas vezes não ouvimos dizer que ir ao cemitério pode ser perigoso para o médium, pois é um atrator natural de cargas negativas e lá há muitos espíritos sofredores que se ligarão negativamente a ele.

É claro que haverá essa aproximação espiritual para aqueles que entrarem no Campo Santo desprovidos de humildade ou com sentimentos e pensamentos negativos, esquecidos que os afins sempre se atraem.

Mas para aquele umbandista esclarecido, a ida ao Campo Santo representa um ato religioso, pois sabe que ao entrar no cemitério, está pisando em solo sagrado, num ponto de força assim como o mar, a cachoeira, as matas, pedreiras..., 


Percebe o aconchego do Sr. das Almas, Omulu, trazendo-nos uma enorme calmaria, um bem-estar e bastante estabilidade e equilíbrio, inspirando a certeza de que estamos em uma passagem e que a humildade é uma poderosa ferramenta para essa caminhada.


Simbolicamente representamos Omulu com o alfange da morte como simbolismo, para o que deve ser realmente extinto: a morte de nossos vícios, da ignorância, do ego, da vaidade.


Ou seja, o Sr. Omulu é o grande depurador da rudeza espiritual. Omulu é o Mestre do silêncio irradiador da reflexão, por isso, aproveite o dia 2 de novembro, dia em que lembramos e homenageamos nossos entes queridos que já partiram e faça uma oração com fé! Sem tristeza! Afinal nunca morremos, apenas seguimos caminho!



Podemos conectar com a vibração Omulu na calunga pequena ou na calunga grande, isto é, à beira-mar. Sempre lembrando que as cores e os elementos de trabalho variam conforme o ritual da Casa de Umbanda e os costumes regionais. Seus instrumentos de trabalho são:

  • Vinho branco doce, água, coco, mel, pipoca, sal grosso.
  • Ervas: aloé, boldo, coentro.
  • Velas: branca (paz, limpeza) e preta (conhecimento).
  • Flores: rosas brancas, margaridas, crisântemo branco.
  • Dia da semana: segunda-feira e sábado.
  • Cores: branca (paz e cura), preta (absorção de conhecimento) e/ou vermelho (atividade).
  • Saudação: Atotô! (“silêncio!”).
  • Número: 7 e por extensão 13.
  • Elemento: terra.
  • Domínio: saúde (doenças).
  • Sincretismo: São Lázaro; São Roque.
  • Comemoração: 2 de novembro.

Oração para Omulu

Omulu, Senhor da Terra e da Regeneração, Médico da Umbanda, Senhor da Cura de todos os males do corpo e da alma. Vós Sois o limitador das enfermidades dos corpos terrenos e das almas eternas. Dai-nos saúde para a nossa mente, dai-nos saúde para nosso corpo. Reforçai e revigorai nossos espíritos para que possamos enfrentar todos os males e infortúnios da matéria com firmeza e esperança no coração. 
Atotô Omulu! 
Atotô meu Velho Pai! 
Atotô Rei da Terra! 
Atotô Babá!

Orixá Nanã 


Rege a maturidade, atua serenando os seres emocionados e preparando-os para uma "nova vida". Na Umbanda a chamamos carinhosamente de vovó, isso porque no sincretismo católico Nanã, é associada com Santa Ana, a mãe de Maria, isto é, avó de Jesus, nosso Médium Supremo sincretizado na Umbanda com Oxalá. 

Nanã na Umbanda atua na irradiação terra/água, junto a Omulu. Ela é conhecida como senhora da morte ou dos mortos, mas é importante lembrar que não é morte física, mas a transformação regeneradora, pois é Ela quem mata o negativo, inspirando boas novas. O correto seria a chamarmos de Senhora da Transformação, Transmutação ou da Renovação. Sua cor vai do lilás ao roxo. 

Assim como Omulu, Nanã também comanda a Linha das Almas e em especial nossas amorosas e sábias Pretas Velhas que costumam pelos arquétipos, apresentarem-se nas incorporações mais curvadas pela idade. 

Essas Entidades de Luz direcionam seus trabalhos como rezadeiras e praticam muito a cura das emoções desesperadoras, instalando a serenidade da resignação. Nanã é o momento inicial em que a água brota da terra ou da pedra, Soberana das Águas, as águas originais, o início da vida, a água de mina. 
Saluba Nanã!

COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ!